12/11/2008
Ninguém apareceu na reunião do Médio Tejo
O orçamento da Comunidade Urbana do Médio Tejo (CUMT) ficou por aprovar na assembleia de segunda-feira, dia 10, porque nenhum dos elementos da junta que dirige a comunidade apareceu na reunião para apresentar o documento e responder às perguntas dos eleitos dos vários partidos com assento na assembleia. Houve neste caso uma clara falta de articulação entre o presidente e os vice-presidentes da junta que passadas 24 horas da reunião ainda não sabiam da situação.
Segundo o presidente da assembleia da CUMT, Miguel Relvas (PSD), a discussão e votação do orçamento tiveram que ser adiadas para uma sessão extraordinária marcada para dia 24 deste mês. “O orçamento é da responsabilidade da junta e têm que ser os seus responsáveis a apresentá-lo. Têm que estar na reunião para responderem” às questões levantadas, realça Miguel Relvas, acrescentando que a ordem de trabalhos da reunião incluía também a alteração aos estatutos, que acabou por ser aprovada e que vai agora ser remetida para as assembleias municipais.
O presidente da Junta da CUMT e da Câmara de Mação, Saldanha Rocha (PSD), faltou à reunião por estar no Brasil. O autarca participa num encontro de associações de desenvolvimento social em representação da Associação de Desenvolvimento do Pinhal Interior Sul. Quando foi contactado por O MIRANTE, na terça-feira ao fim da tarde, Saldanha Rocha ainda desconhecia que os dois vice-presidentes não tinham comparecido na sessão. Justificava que a convocatória para a reunião é da responsabilidade da mesa da assembleia e que vai para todos os membros desse órgão e da junta. Mas admitia que não tinha falado com os seus vice-presidentes para garantir que algum deles estivesse presente.
Miguel Relvas diz que o presidente da Câmara de Torres Novas, António Rodrigues (PS), vice-presidente da junta, tinha chegado de Timor na véspera da assembleia, desconhecendo o motivo pelo qual não esteve na sessão. O outro vice-presidente, Luís Azevedo, também estava completamente alheado da situação.
Luís Azevedo, que também é presidente da Câmara de Alcanena, (eleito pelos Independentes pelo concelho de Alcanena), garante que “não sabia que havia falta de elementos”. E assegura que ninguém o contactou no sentido de saber se podia estar na reunião. “Nem sequer a administradora delegada da comunidade urbana de comunicou” qualquer impedimento dos outros dois membros. Azevedo justifica que no mesmo dia tinha reunião do executivo camarário, mas nem nesta pôde estar presente porque esteve fora do concelho, ocupado com outras questões relacionadas com o município, que não especificou.
Este episódio vem dar razão às críticas do presidente da Câmara de Constância, António Mendes (CDU), que na semana passada disse que a CUMT está “mais moribunda do que nunca”. O autarca afirmou que esta não tem tido um papel interventivo na defesa do Médio Tejo e alegou que as autarquias pouco ou nada se envolvem nesta entidade, falando também em falta de “espírito de equipa” .
Publicado no "O MIRANTE"
COMENTÁRIO:
Esta Comunidade do Médio Tejo é uma palhaçada autêntica. Nem um único apareceu na reunião para discutir o orçamento. Estes Presidentes são homens demasiado ocupados, para se preocuparem com insignificancias. Talvez com um almoço consigam resolver a coisa.
Se estivermos à espera que este CUMT seja a solução para o desenvolvimento regional, bem podemos tirar o cavalo da chuva. É mais um organismo para sorver umas massas dos já debilitados concelhos, e pouco mais.
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