Fátima: Altar do Mundo, e Todos o Caminhos vão dar a Fátima, são dois dos slogans muito utilizados na promoção da cidade de Fátima.
O problema é que nem todos os caminhos oferecem condições mínimas para se chegar a uma das cidades mais visitadas de Portugal. E quem todos os dias tem de circular na Estrada Nacional EN360, que liga Minde a Fátima, sabe bem do que estou a escrever.
Há muito que as queixas contra a falta de condições da Estrada de Minde fazem parte do dia-a-dia dos moradores e utilizadores da via. Num raio de 100 kms não conheço uma estrada em tão péssimas condições de circulação e segurança.
Pavimento degradado e cheio de remendos, buracos, falta de passeios, tampas de saneamento desniveladas, maus cheiros provenientes das tampas dos colectores de esgoto e péssima sinalização, são algumas das carecterísticas deste caminho a que chamam Estrada de Minde.
Antigamente este percurso, de aprox 13 kms, demorava cerca de 10 a 15 minutos. Agora, nem meia hora chega.
As obras de saneamento deixaram o piso num estado deplorável, e, estou certo que quem o utiliza diárimente, já deve ter chamado todos os nomes e mais alguns aos responsáveis por esta situação. Não há amortecedores que aguentem, as avarias e acidentes são mais que muitos, e os contribuites, que pagam imposto de circulação, não têm que ser penalizados pela incompetência de quem manda.
O próprio bispo da Diocesse de Leiria / Fátima, na sua recente visita a Minde, nos encontros com empresários e autarcas da vila e de Mira de Aire, chamou a atenção para o mau estado desta via de circulação.
Já em Junho último, o presidente da Câmara Municipal de Ourém, David Catarino, afirmava que o estudo prévio para a requalificação das quatro principais entradas de Fátima foi entregue à Câmara e foi aceite pela autarquia. Questionado sobre o assunto na assembleia municipal do dia 27 de Junho, David Catarino reconheceu que o arranjo daquela via é uma “urgência” e com ou sem os apoios do QREN, a autarquia terá de avançar com a sua requalificação.
Palavras, leva-as o vento, e o problema continua por resolver, continuando esta estrada a ser um perigo, não só para quem circula em veículos, mas também para os milhares de perigrinos a pé que utilizam esta via para se dirigirem a Fátima.
Impõe-se, não só a pavimentação da via, mas também, a construção de uma via pedonal paralela para a circulação de peões e ciclistas.
Embora a estrada apresente piores condições na Freguesia de Fátima, é de referir que a mesma, na zona pertencente ao Concelho de Alcanena, apresenta iguais deficiências. E já alguém ouviu falar algo sobre este assunto aos Autarcas de Alcanena? Nada. Para eles, este problema não existe, embora o tenham ajudado a provocar com as obras de saneamento. Para estes executivos, o importante é levar a efeito "a cagança" dos projectos dos museus.
Ninguém faz nada e impõem-se medidas drásticas e urgentes de protesto. Já ouvi falar da organização de uma marcha lenta e até de um bloqueio organizado. Eu estarei lá.
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