Família não se conforma com morte de jovem

É lamentavél que um Presidente da Câmara (de Alcanena) diga que não tinha conhecimento do estado da estrada e que a mesma não é considerada perigosa. Sou prima do João Carlos Gomes (jovem falecido), engenheira civil de profissão. Infelizmente se fosse o filho desse senhor de certeza que tudo era diferente. As câmaras recebem verbas. Onde foram aplicadas? Em relação à sinalização, todos os sinais têm de ser homologados mas a maior parte deles não o foram. A maior tristeza e revolta é que infelizmente perdemos um jovem maravilhoso. E estes fulanos não fazem nada para evitar tamanhas tragédias. Alguém tem que ser responsabilizado.
Cidália Vicente in "O MIRANTE"

Morte de jovem de 20 anos em despiste

A saudade de João Carlos está a ser dilacerante para uma família de Gouxaria, no concelho de Alcanena. Palavras carregadas de dor não escondem a revolta de quem perdeu um filho na flor da juventude num despiste de automóvel. A tragédia aconteceu a 28 de Novembro, cerca das 17h15. Regressado de Lisboa, onde se encontrava a tirar o 4.º nível de Mecatrónica, o jovem de 20 anos foi visitar a irmã e a sobrinha de cinco meses que moram na Serra de Santo António, a cerca de doze quilómetros de sua casa. Na viagem de regresso, numa recta com algum declive em plena serra, João Carlos despistou-se sozinho na estrada municipal que liga Moitas Venda a Serra de Santo António, acabando o veículo, um Citroen C3 que tinha há três meses, por cair numa ravina, por entre árvores, mato e cascalho, numa altura de cerca de 30 a 40 metros.
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Câmara promete actuar
Segundo esta família, os acidentes no local são frequentes e, já depois da morte de João, deram-se outros despistes. Mas, para o presidente da Câmara de Alcanena, o problema dos acidentes frequentes no local não era conhecido até se dar este caso trágico. “Lamento a morte deste jovem que tenho alguma dificuldade em entender uma vez que o acidente se deu numa recta”, disse Luís Azevedo a O MIRANTE, acrescentando que a autarquia está a providenciar os orçamentos com vista à colocação de rails de protecção não só nesta estrada como noutras que oferecem menos segurança rodoviária.
Segundo o autarca, até ao momento, a questão da segurança nesta via não foi precavida devido a questões de viabilidade económica e por entender que a mesma não tinha um elevado grau de perigosidade. “Esta situação obriga-nos a tomar diligências com vista a evitar outras mortes”, admitiu Luís Azevedo.
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