30/01/2009

Assaltos na via pública alarmam população de Minde


Os habitantes da vila de Minde, no concelho de Alcanena, estão preocupados com a questão da segurança desencadeada por um grupo de três jovens, dois homens e uma mulher, que utilizando uma viatura furtada cometeram na mesma semana dois assaltos em pleno dia. Adélia Capaz, professora na Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos de Minde, foi uma das vítimas de assalto por esticão. Na quarta-feira, 21 de Janeiro, estacionou o carro e preparava-se para mais um dia de aulas quando, cerca das 08h30 da manhã, e junto ao portão da escola, viu a sua mala ser arrancada do braço esquerdo. Com o desiquilíbrio, caiu e bateu com a testa no chão, tendo que receber tratamento no Centro de Saúde de Alcanena.

“Senti um carro muito próximo de mim mas, como estávamos na hora da entrada, pensei que era um carro dos pais a deixar os miúdos e não liguei”, testemunhou a O MIRANTE. A professora conta que tudo aconteceu em segundos e só quando se levantou do chão e apanhou o chapéu de chuva é que reparou que não tinha a mala. “Quando vi um carro preto a circular a grande velocidade pensei logo: foi aquele malandro que me levou a mala”, conta, referindo que ficou sem 60 euros, quantia que estava destinada a uma compra que tinha programado fazer naquele dia. A carteira com os documentos acabou por aparecer no dia seguinte.

O caso de Adélia Capaz não foi único. Na segunda-feira, 19 de Janeiro, uma funcionária de uma fábrica de malhas saiu da empresa à hora de almoço, no chamado bairro do Carro Velho, para se deslocar ao centro de Minde, quando foi interceptada por um grupo de indivíduos que lhe levaram a mala. Como resistiu ao assalto acabou por ser agredida, tendo que ser levada para o hospital para receber assistência médica.

António Exposto, morador em Minde, é apenas um dos muitos populares com quem falámos que, actualmente, tem mais receio pela sua segurança. “As pessoas andam traumatizadas e evitam sair de casa. Nos últimos tempos, os assaltos por esticão têm sido constantes”, contou a O MIRANTE. “Ainda hoje avisei a minha mulher para não sair à rua com a mala”, exemplifica, receando os maus-tratos físicos que os assaltantes infligem nas vítimas para conseguirem os seus intentos.

Também o presidente da Junta de Freguesia de Minde, António Augusto Fresco (ICA), se mostra preocupado com a situação. “As pessoa evitam sair de casa à noite”, atesta a O MIRANTE, frisando que os últimos assaltos aconteceram à luz do dia e por jovens deliquentes que “não são da vila”. A falta de policiamento é um dos problemas difíceis de combater na freguesia uma vez que, para o autarca, há cada vez menos efectivos por culpa das medidas levadas a cabo pelo Ministério da Admnistração Interna.

Segundo o comandante da GNR de Alcanena, sargento-ajudante Grilo, a viatura utilizada nos dois furtos já foi recuperada e encontra-se em Torres Novas. O responsável não quis adiantar mais pormenores sobre os suspeitos, encontrando-se os assaltos a ser investigados pelo Núcleo de Investigação Criminal.
Publicado no "O MIRANTE"

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