04/02/2009

Mais despedimentos e desemprego em Alcanena


A fábrica de peles Constantino Mota, em Alcanena, entrou na última semana de trabalho. O encerramento vai lançar mais cem pessoas no desemprego e num beco sem saída. Muitos são ainda são novos para a reforma mas já são velhos para um novo emprego.



Os mais de cem trabalhadores da empresa pediram a suspensão dos contratos de trabalho, na sequência da decisão da administração de pedir a insolvência.

De acordo com Joaquim Mendes, do sindicato dos trabalhadores dos cortumes, citado pela agência Lusa, os administradores terão informado que a empresa tem uma dívida da ordem dos 9 milhões de euros, 6 dos quais à banca e os restantes à Segurança Social e a fornecedores, pelo que, não tendo crédito, está impossibilitada de adquirir matéria-prima e de pagar os salários que tem em atraso.

Perante a situação, o sindicato recomendou aos trabalhadores o pedido de suspensão dos contratos, passando estes a receber o subsídio de desemprego.
"Não concordamos com a rescisão porque, havendo um processo de insolvência e de tentativa de recuperação da empresa, podem aparecer propostas que viabilizem pelo menos a manutenção de alguns postos de trabalho", disse.

A suspensão dos contratos de trabalho "é o caminho mais curto" para ajudar a resolver o problema dos trabalhadores, que começam a viver uma "situação gravíssima", com a falta dos salários, afirmou.

A União dos Sindicatos de Santarém (USS/CGTP-IN) divulgou, a semana passada, um levantamento que dá conta da existência de cerca de 2.500 trabalhadores do distrito com redução de salários, salários e subsídios em atraso, de férias forçadas ou com receio de perder o posto de trabalho.
Publicado em "NOTÍCIAS SIC"


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