Ao todo são 17 empresas sobre as quais paira o espectro da crise e do desemprego: oito do sector metalúrgico e automóvel (entre as quais as multinacionais Mitsubishi e João de Deus&Filhos), 3 do sector têxtil, 2 do sector dos curtumes, 2 do sector cerâmico, 1 do sector da alimentação e outra do sector da construção civil.
90 trabalhadores à beira do desemprego em Alcanena
Cerca de 90 trabalhadores da fábrica de curtumes Constantino Mota, em Vila Moreira no concelho de Alcanena, vão ficar no desemprego. A empresa abriu um processo de insolvência e os trabalhadores suspenderam os contratos no final de Janeiro, permanecendo ainda na empresa até meados de Fevereiro. Por receber têm ainda os ordenados de Dezembro e de Janeiro.
De acordo com Joaquim Mendes, do sindicato dos trabalhadores dos curtumes, citado pela agência Lusa, os administradores terão informado que a empresa tem uma dívida da ordem dos 9 milhões de euros, 6 dos quais à banca e os restantes à Segurança Social e a fornecedores, pelo que, não tendo crédito, está impossibilitada de adquirir matéria-prima e de pagar os salários que tem em atraso. Perante a situação, o sindicato recomendou aos trabalhadores o pedido de suspensão dos contratos, passando estes a receber apoio de um fundo de garantia social de salários. Nesta empresa existem pelo menos três casais, marido e mulher, e ambos podem ficar no desemprego.
Uma outra empresa deste sector e também de Alcanena, a Curtumes Boaventura, tem intenção de reduzir horários de trabalho durante os próximos seis meses, segundo os sindicatos. Esta situação alarga-se a outras empresas deste concelho, que ainda por cima, tem no sector dos curtumes a sua principal matriz financeira.
Câmara de Alcanena atenta ao problema
O vereador Eduardo Marcelino da Câmara de Alcanena garante que a autarquia está atenta ao problema destas famílias mas que a única forma de ajudar é, nos casos dos trabalhadores que estão a residir em habitação social da câmara, isentá-los do pagamento temporário das rendas. Os trabalhadores poderão recorrer aos serviços sociais da câmara e aos programas ocupacionais que ajudam a reconverter as capacidades profissionais destes trabalhadores. Apoio directo às empresas é mais complicado até porque a autarquia não tem muitos recursos e porque já são muitas as empresas de curtumes com problemas, segundo o vereador. No entanto, no caso da Constantino Mota, o vereador Eduardo Marcelino apurou junto dos responsáveis da empresa que ainda pode ser possível a sua recuperação.
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