25/01/2008
Para que serve pagar e reclamar ?
Autoridades não descobriram origem de poluição em poço que estragou culturas agrícolas
Os fiscais da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo que estiveram na Louriceira (Alcanena) a investigar a poluição num poço não encontraram ligação do foco poluidor a um lagar de azeite que começou a funcionar na última campanha e era apontado como fonte poluidora pelo lesado.
Joaquim Vieira é proprietário de um terreno onde tem um poço de nascente de onde tira água para regar a sua propriedade. O poço encontra-se hermeticamente fechado. Num dia do início de Dezembro deixou os chuveiros a regar e à tarde, quando chegou a casa, sofreu a desagradável surpresa de ver as alfaces, couves e outros hortícolas que tinha plantado totalmente queimados.
Foi à procura das causas e chegou ao poço. “A água estava escura e deitava um cheiro nauseabundo. Vi logo que aquilo devia vir do lagar que tinha começado a trabalhar há pouco tempo”, disse Joaquim Vieira. “Queixei-me e na CCDR a primeira coisa que fizeram foi obrigar-me a registar o poço, pagando por isso um pouco mais de 150 euros, e mandaram que fizesse a reclamação por escrito, o que fiz de imediato”.
A reclamação seguiu não só para a CCDR como também para a Junta de Freguesia da Louriceira, Câmara de Alcanena, serviços de ambiente da GNR ambiente, Governo Civil de Santarém e Delegação de Saúde de Alcanena. “Até agora apenas recebi resposta da CCDR, e a dizer que o processo tinha sido arquivado, por não ter sido possível confirmar a acusação de que a poluição vinha do lagar”, afirmou Joaquim Vieira.
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