10/04/2009
“Catástrofe ambiental” do rio Alviela
Descarga poluente traz espuma de volta ao Alviela
As águas do rio Alviela voltaram a ficar manchadas de espuma e de negro no passado fim-de-semana. Uma descarga poluente trouxe de novo a espuma ao rio, sobretudo na zona do Mouchão de Pernes, e voltaram a ver-se peixes a boiar nas águas, sobretudo em Vaqueiros. Uma situação que já é nova e que o deputado do PSD eleito por Santarém, Mário Albuquerque, considera "calamitosa".(...)
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O deputado do PSD Mário Albuquerque questionou a acção do Ministério do Ambiente tendo em conta a situação, que considerou de “catástrofe ambiental” do rio Alviela.
O parlamentar, eleito pelo círculo de Santarém, interpelou a tutela sobre a “poluição da bacia hidrográfica do Rio Alviela”, classificando-a de “uma situação calamitosa”, com “graves danos” para a “saúde, ambiente e qualidade de vida das populações mais atingidas dos concelhos de Alcanena e Santarém”.
Para Mário Albuquerque, o problema do Alviela é “uma verdadeira vergonha nacional, já com inevitáveis repercussões internacionais”.
“Que providências já tomou, ou está a tomar, o Ministério do Ambiente para atacar esta situação que, de forma lamentável, se tem vindo a arrastar com todas as implicações conhecidas?” -questionou.
O deputado social-democrata realça que, apesar do investimento de 50 milhões de euros numa Estação de Tratamento de Águas Residuais e em colectores de esgotos, subsistem “enormes e graves deficiências há muito identificadas, e denunciadas exaustivamente, que condicionam o desejável funcionamento dos equipamentos instalados, no que respeita ao conveniente tratamento dos afluentes”.
Na interpelação Governo, Mário Albuquerque destacou a apresentação de duas petições na Assembleia da República.
O plenário do parlamento discutiu, a 24 de Janeiro de 2008, a petição que decorreu de uma deliberação da Câmara Municipal de Santarém, que recolheu cerca de sete mil assinaturas, e outra promovida por duas professoras da Escola Secundária de Alcanena, que reuniu pouco mais de duas mil assinaturas.
A 10 de Março, o presidente da Câmara de Alcanena disse à agência Lusa que o projecto, que permitirá candidatar a fundos comunitários a resolução dos problemas do sistema que trata os efluentes das indústrias de curtumes, será assumido de forma tripartida entre o Ministério do Ambiente, a autarquia e a Associação de Utilizadores do Sistema de Tratamento de Águas Residuais de Alcanena (AUSTRA).
Na altura, Luís Azevedo assegurou que a assinatura do protocolo com o Ministério do Ambiente estava dependente da "clarificação" de alguns aspectos, nomeadamente sobre o valor da comparticipação financeira do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), que ficava aquém do previsto pela autarquia.
Publicado no "O MIRANTE"
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