13/05/2008

Peregrinar em Segurança




Não tem sido a loucura de gente do ano passado, mas pelo concelho de Alcanena tem passado grande parte dos peregrinos que se deslocam do sul do país. Por cá passa o designado Caminho do Tejo, que integra os Caminhos de Fátima, cujo projecto visa tirar os peregrinos da estrada.

Distanciado 14 Kms de Fátima, Minde é um ponto estratégico e tem sido um importante centro de acolhimento de milhares de perigrinos que se deslocam a pé têm encontrado no Pavilhão Ana Sonsa, nos Bombeiros e no Pavilhão Gimnodesportivo um "poiso" reconfortante após longas jornadas.



Centro Nacional de Cultura marca caminhos alternativos à Estrada Nacional 1, para quem ruma a Fátima vindo de Norte ou de Sul.
Muitos são os peregrinos que rumam ao Santuário de Fátima para a peregrinação de Maio. Uma prática com muitos anos que ocasionalmente é denunciado pela falta de segurança que se encontra no caminho.

Percebendo que os peregrinos circulam por Estrada Nacional com “barulho, perigos, a inquietação e os gases de escape”, o Centro Nacional de Cultura desenvolve um plano nacional – Projectos Caminhos de Fátima, para encontrar caminhos mais tranquilos, “dentro do possível de terra batida, no meio da natureza, ou em estradas com menor circulação possível”, explica à Agência ECCLESIA, Lourenço de Almeida, Vice-presidente da direcção do Centro Nacional de Cultura.
Este projecto prevê o caminho do Caminho do Tejo - 126 quilómetros que ligam Lisboa a Fátima, “já em funcionamento há cerca de cinco anos”, o caminho do Norte, “disponível dentro de um mês” e os caminhos do Oeste e de Leste.
Apesar de o primeiro caminho disponível dentro deste projecto ter sido o do Tejo, o caminho do Norte ganha grande destaque. “Cerca de 60 a 70% dos peregrinos a caminho do Santuário de Fátima são oriundos do Norte”, afirma Loureço de Almeida.

Apesar da resposta alternativa, muitas são as pessoas que optam ainda pela Estrada Nacional que liga Lisboa a Fátima. Lourenço de Almeida explica que o ser humano é um animal de hábitos, mas acredita que a pouco e pouco a segurança será uma mais valia, sem esquecer as possibilidades que um “caminho natural desperta num peregrino”.

Todo sinalizado, o Caminho do Tejo sai do Parque das Nações, segue paralelo ao rio e inflecte para “dentro, rumo a Fátima”. Encontra-se marcado com marcos, azulejos e setas azuis.
Este projecto contou com a ajuda das nove autarquias no trajecto e também com os Bispos das dioceses do itinerário.

Lourenço de Almeida explica que na delimitação do caminho, são considerados percursos que prevejam a passagem por localidades que disponibilizem locais de descanso e apoio para os peregrinos.
A parceria com as Câmara Municipais é essencial não só para a preservação do caminho, mas também para a promoção da segurança.
Algumas são mais sensíveis à promoção, explica Lourenço de Almeida, mas “noto que cada vez mais há sensibilidade e reconhecimento da necessidade de promoção de alternativas seguras”.

Para a delimitação do caminho do Norte, numa extensão de quase 200 quilómetros “concluído em 95%”, o CNC conta com o apoio de 14 autarquias.

Peregrinos contam com apoio da AMI
Mais uma vez este ano, o Gabinete de socorrismo da AMI volta a apoiar os peregrinos que rumam ao Santuário de Fátima durante o mês de Maio.

Uma equipa com cerca de 26 voluntários está disponível para zelar pela integridade física e emocional dos peregrinos que, até 13 de Maio, se dirigem à pequena localidade do centro do país.
Constituídas por médicos, enfermeiros e massagistas, as equipas de socorristas da AMI disponibilizarão aos peregrinos, um pequeno Hospital de campanha (em Alcanena) e uma viatura de apoio, para além de todos os equipamentos médicos necessários.

Os socorristas da AMI contam, nesta iniciativa, com o apoio da Câmara Municipal de Alcanena, dos Bombeiros Voluntários desta localidade e da GNR.
In "Agência Eclésia"


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