Período de discussão pública até 14 de Agosto
O Plano Estratégico Alcanena XXI é um documento de orientação estratégica do concelho, de orientação da acção autárquica e também dos próprios munícipes.
A estratégia definida neste documento passa pelo "reforço da competitividade económica do concelho de Alcanena, relevando o seu papel no contexto territorial do Médio Tejo, tendo como objectivos a elevação dos padrões de qualidade de vida, a coesão social, a preservação e valorização dos recursos e a identidade local.
O período de discussão pública decorre até ao próximo dia 14 de Agosto, estando o documento disponível para consulta nas Juntas de Freguesia do concelho e no site da Câmara Municipal de Alcanena.
Para consultar os documentos relativos ao Plano de Acção Estratégico Alcanena XXI e caso pretenda deixar alguma sugestão, a Câmara Municipal de Alcanena faculta a todos os interessados os documentos relativos ao Plano de Acção Estratégico - Alcanena XXI, que visa o desenvolvimento sustentável do concelho a nível económico, ambiental, social e urbanístico.
Alcanena XXI - 1ª Fase - Orientações Estratégicas
Alcanena XXI - 2ª Fase - Orientações Estratégicas
Alcanena XXI - 3ª Fase - Plano de Acção 2007-2013
Caso pretenda deixar alguma sugestão e comentário, aceda aqui
* Devido à extensão dos ficheiros, aconselha-se que os decarregue primeiro para o computador local antes de os visualizar
FONTE: Site da CM ALCANENA
COMENTÁRIO:
Constituído por três documentos a que correspondem outras tantas fases, este plano estratégico tem o total de 585 páginas, e mudou de nome. Chamavam-lhe Alcanena 2013, agora passou a ser o Alcanena XXI (talvez efeitos de T. Novas).
Também apelidado como plano do Museu Territorial, com os seus 13 museus, a 1ª Fase já foi apresentada há mais de dois anos, a 2ª Fase é datada de Novembro de 2007, e agora teve luz a 3ª Fase, cujo documento é o menor com 48 páginas.
Curioso é ter sido escolhido um período inferior a 30 dias nesta época de férias para período de discussão pública. Não seria aconselhável alguns debates e esclarecimentos em auditórios? Afinal trata-se de um plano estratégico para o futuro.
Com este calor quem é que se está para incomodar com leituras tão "profundas e interessantes"? Será esse o objectivo?
Já em Janeiro foi aqui publicada uma análise da 2ª fase do documento (a mais extensa) elaborada pelo Dr. JM Querido, que volto a publicar.
Plano de Acção Operacional ALCANENA 2013
Finalmente, cheguei ao fim da página 326! Nem acredito. Também estive fora 2 dias, por motivos familiares.
Bem, a maior partes das páginas são uma descrição dos três tipos de medidas a implementar (projectos estruturantes, programas e acções) de acordo com os oito objectivos estratégicos definidos. Num artigo anterior comentei apenas a parte relativa à criação de museus. Agora vou tentar dar uma panorâmica mais geral.
O plano arrola 72 medidas categorizadas de acordo com os tais oito objectivos estratégicos acima referidos. Um resumo de todas elas pode ser visualizado nas páginas 312 a 315. E ficamos impressionados com a grandeza dos números. O custo estimado total de todas estas medidas ascende a um pouco mais de 147 milhões de euros. Ou seja, cerca de 29,4 milhões de contos!
Vamos então dividir estes montantes por objectivos:
O problema surge quando vamos analisar, em cada categoria, a medida com maior peso:
pois verificamos que, à excepção do desporto e cultura, uma unica medida é responsável por mais de 50% do valor atribuído na sua categoria. Ou seja, 8 medidas têm um peso superior a 75% no montante total. Uma clara concentração.
No que respeita a Minde:
- Museu do Têxtil com 1880 milhares de euros
- Museu Roque Gameiro com 500 milhares de euros
- Parque Industrial com 1957 milhares de euros
o que no total nem chega a 3 por cento do investimento previsto. Depois temos no «reordenamento da rede escolar» uma referência à escola secundária de Minde e nas acessibilidades, a inevitável estrada Minde-Vale Alto.
Pergunto: a Câmara vai investir quase 2 milhões de euros no Parque Industrial de Minde e nada é referido quanto às acessibilidades deste Parque Industrial, sobretudo na construção de novas vias de acesso? Um factor de sucesso para o êxito dum Parque Industrial é a sua localização e facilidade de acesso.
Esperemos para ver, mas a parte norte do concelho continua a ser o parente pobre desta autarquia. Nem sequer estudos para a construção de um parque industrial no limite norte da nossa freguesia, junto à Auto-Estrada.
P.S. Em relação ao meu anterior artigo sobre os Museus, o montante total de custo estimado para museus é mesmo o de 8 milhões e 230 mil euros.
João M Querido In "Minde-Online" em 01.DEZ.2007
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